ARTESÃO DA LITERATURA

sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

O FANTÁSTICO SOL - por Fábio Dervilani


Olho para o céu e vejo aquela luz imensa...e sem conseguir fixar, logo volto meu olhar para baixo, sentindo de maneira ofuscante o quanto impossível é enfrentar seus olhos, o quanto impossível é encarar essa luz, essa luz que produz, que reluz a uma distância que o pensamento não entende, que produz transformação, que emana a energia que clareia nossos dias, que oferece sua face pra nos banhar de calor e cor, nos enchendo de alegria, de euforia...
Então me pergunto: como seria sem essa magia, sem esse abraço?

A formidável luz que não se apaga, como uma tocha inesgotável, incansável, inigualável...
Poderoso, astro rei do palco das estrelas, sempre presente - mesmo quando ofuscado pela cortina das nuvens -, surgindo de cada tempestade, passageira ou duradoura, que favorece todo reinício, toda retomada, que nos mostra a cada nova jornada a fortuna de um novo dia, como se nos empurrasse dizendo: “vai, já é dia! Um novo dia!”.
Algo maior nos envia sinais através da sua natureza, a cada instante...e se eu aprendi a ler, o fantástico sol me ensinou uma lição: que o dia sempre amanhece nos dando a chance de tentar novamente, sem a pretensão de acertar, mas de aprender que, a cada novo dia, temos a possibilidade de tentar acertar e já acertando por tentar.




      ARTESÃO AMIGO 
     FÁBIO DERVILANI


Sou apaixonado por imagens, por paisagens, por fotografia; fotografo sempre que posso!
Na minha ótica, acho que a fotografia pode dizer muitas coisas. Não só aquela fotografia que pode ser revelada, impressa, mas também, aquela que é impressa na mente, aquela que captura o dia a dia, o milésimo de segundo, enquadrado pelos olhos de quem observa...
Aquele momento enquadrado no cotidiano, a resposta ao mundo que provém do mundo particular que cada um vive...

A expressão corpórea que fala mais que palavras, as diferentes respostas emitidas por iguais, ou as semelhantes cenas atuadas por diferentes.
Portanto, mais que um escritor, me considero um observador...um observador que, com um pouco de poesia, tenta expressar na escrita o que vê, dando como resposta ao mundo as imagens do seu mundo interior...